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terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Secretário de C&T discute projeto do Centro Vocacional Tecnológico no Pacuí


O tripé ensino, pesquisa e extensão é o principal elemento formador do Centro Vocacional Tecnológico (CVT), de autoria da Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia (SETEC), que será executado em parceria com a Universidade do Estado do Amapá (UEAP), tendo como mantenedora a Escola Família Agrícola de São Joaquim do Pacuí. Na última sexta-feira, 28/01, as futuras instalações do CVT, em fase de construção na escola família daquele município, receberam a visita dos representantes das instituições parceiras no estado.

A principal missão da equipe, que esteve constituída pelo secretário da Ciência e Tecnologia, Antônio Cláudio Almeida de Carvalho e pela reitora da UEAP, Maria Lúcia Teixeira Borges, acompanhada da coordenadora do curso de formação no campo em Licenciatura em Ciências Agrárias, da UEAP, Hildete Margarida de Souza, foi discutir o projeto com o corpo técnico da escola, considerando uma proposta que garanta a sua sustentabilidade como contrapartida para a comunidade.

Pelo convênio assinado com o Ministério da Ciência e Tecnologia, que destina recursos no valor de R$ 400 mil originários de emenda parlamentar do ano de 2009 da deputada federal Fátima Pelaes com contrapartida de R$ 200 mil do Governo do Estado, o projeto do CVT foi concebido para atender à produção de biodiesel a partir do inajá, planta oleaginosa da flora amazonense e amapaense - para o biólogo e técnico extensionista da comunidade, Jorge Costa dos Santos, um motivo de preocupação, uma vez que o projeto não deixa claro como se dará a continuidade da produção do biodiesel na entre safra do inajá.

“Desde quando começaram as pesquisas sobre a produção do biodiesel tive essa preocupação: Há uma alternativa para a produção de biodiesel estando o inajá fora da safra? Qual a possibilidade de estoque? Qual a utilidade que será dada ao resíduo dessa produção? Nós não podemos, simplesmente, jogar na natureza”, questionou Jorge durante a reunião da equipe de governo com os dirigentes da escola família.

Depois de comprovar o total desconhecimento da escola sobre o conteúdo do projeto, inclusive de que será a sua mantenedora, o Secretário expôs item por item do convênio e ouviu sugestões e críticas. “Tem que haver a legitimidade da comunidade em todos os projetos. Este é o caminho que nós da equipe do governador Camilo Capiberibe vamos seguir, porque a idéia, quando é discutida com a comunidade, a chance de errar é muito menos. É esse o objetivo de nós trazermos o assunto para a discussão”, explanou Antônio Cláudio.

Outro ponto tratado na reunião é o fator indissociável da apropriação, pela escola, do conhecimento gerado e desta pela comunidade, que é quem vai agregar os resultados. O impacto deverá proporcionar, inclusive, alterações no PPP (Projeto Político Pedagógico) da escola família do Pacuí, como a inclusão de disciplinas práticas previstas no projeto do CVT.

Diante do que foi discutido, o secretário de C&T assumiu o compromisso de verificar junto à deputada Fátima Pelaes, por ser a autora da emenda, a viabilidade da cultura do inajá para a produção do biodiesel e de outros produtos, a exemplo dos cosméticos.

Pelo projeto inicial, a implantação do CVT do Biodiesel dar-se-á em duas fases, sendo que os recursos destinados pela emenda parlamentar e a contrapartida do Governo do Estado contemplarão apenas a primeira fase, que prevê a construção de laboratórios de apoio ao ensino nas áreas da Química, Física e Biologia, equipados em nível de ensino médio, biblioteca e salas de aula. A segunda fase, com recursos ainda por serem alocados, contemplará um Laboratório Experimental de Biodiesel equipado com uma usina de produção.

Cabe à UEAP, como interveniente no convênio, realizar desde a elaboração e acompanhamento do projeto pedagógico até o oferecimento de aporte humano e didático nas aulas teóricas e laboratoriais, o que contribui também para o Programa de Formação Superior no Campo, lançado este ano através do curso de Licenciatura em Ciências Agrárias que tem como público alvo ex-alunos das Escolas Famílias do Amapá.

Fonte: ASCOM –UEAP

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